O cemitério dos vivos

por que gravamos

Obra menos conhecida de Lima Barreto, célebre por "O triste fim de Policarpo Quaresma", por exemplo, o romance "O cemitério dos vivos" é lido como uma tentativa de ficcionar a experiência do próprio autor nos hospitais psiquiátricos pelos quais passou. Os acontecimentos da trama se assemelham aos da vida de Barreto, bem como a vida de seu pai, que também foi internado em hospícios. Durante sua segunda passagem pelo Hospital de Alienados, o autor registrou suas impressões em entradas de diário, além de escrever o romance que publicamos agora em audiolivro. Como o próprio Lima Barreto escreveu, através de seu personagem Vicente Mascarenhas, seu interesse era “contar simplesmente as impressões da minha sociedade com os loucos, as minhas conversas com eles, e o que esse transitório comércio me provocou pensar”. O romance, gravado por Laís Lacorte, faculta uma visão privilegiada dos manicômios no começo do século passado, pertinente ainda hoje, através da escrita aguda e perspicaz de Lima Barreto.